12/10/08

Renováveis na Hora: Microprodução de Electricidade e Água Quente Solar em Portugal

A energia solar assume uma enorme importância num país como Portugal onde o número total de horas de sol é um dos mais elevados da Europa.

A microprodução (microgeração) de electricidade tem vantagens muito importantes porque aproxima a produção dos locais de consumo, contribuindo para a redução das perdas na rede de distribuição, proporciona uma maior produção de electricidade por fontes de energias renováveis (como o Sol), e permite aos cidadãos produzirem em casa a energia eléctrica que consomem e até venderem o excesso de energia produzida.

Os consumidores domésticos que queiram vir a produzir e vender electricidade podem fazê-lo através do programa
Renováveis na Hora.

Numa primeira fase, os 10 MW de potência do chamado regime bonificado (abrangendo cerca de 2700 instalações) serão remunerados a 65 cêntimos por cada kwh produzido, sendo que nos seguintes 10 MW a tarifa já desce 5%. Isto no caso da produção de electricidade a partir de sistemas fotovoltaicos (painéis solares fotovoltaicos), já que a electricidade produzida por micro-aerogeradores (geradores eólicos) é remunerada sempre a 70%.

Para um sistema de 3,45 kW baseado exclusivamente em electricidade produzida através de um sistema fotovoltaico, o investimento é de cerca de 20 mil euros e o retorno do investimento é de cerca de 7/8 anos.



Um objectivo também presente o programa Renováveis na Hora é o de fomentar o uso da água quente solar em casa, sendo que a instalação de painéis solares térmicos é uma obrigação a ter de ser cumprida para se aceder ao regime bonificado de produção de electricidade.

A energia solar pode ser aproveitada para a produção de electricidade mas assume uma relevância muito grande na produção de água quente sanitária ou em equipamentos como piscinas, substituindo o recurso à queima de combustíveis fósseis para aquecimento da água e evitando assim emissões de dióxido de carbono.


O recurso à água quente solar pode significar uma poupança anual por família de aproximadamente 1000 kWh/ano, representando em média cerca de 20% do consumo total da família em electricidade e gás, o que multiplicado por cerca de 3,6 milhões das famílias existentes no país representa 3600 GWh por ano.

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