28/09/08

Qualidade do Ar em Portugal



Os dados dos últimos anos, relativos à qualidade do ar em Portugal, continuam a revelar que é cada vez mais urgente reduzir o tráfego automóvel e promover uma mobilidade sustentável, em particular nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto, de modo a evitar os efeitos graves da má qualidade do ar na saúde pública.

Nos últimos anos os níveis excessivos de poluição por partículas inaláveis (PM10), na sua maioria emitidos pelos automóveis, principalmente a gasóleo, têm atingido valores preocupantes, principalmente nas regiões de Lisboa e Porto. O valor limite destes poluentes é de 50 mg/m3 (média diária), podendo exceder-se este valor durante 35 dias por ano.

As estações de monitorização da qualidade do ar que registaram, até Agosto, mais do que 35 dias com valores superiores ao máximo permitido, foram as estações da Avenida da Liberdade, em Lisboa (55 dias), Vila do Conde (47 dias), Paio Pires (no Seixal, com 38 dias) e a estação de Espinho (44 dias).

De acordo com dados científicos de 2004 (estudo da Agência Europeia do Ambiente), o excesso de partículas inaláveis provoca em Portugal quase 4000 mortes prematuras e uma redução de 6 meses na esperança média de vida dos lisboetas e portuenses. A Organização Mundial de Saúde estima que as doenças associadas à poluição do ar por partículas inaláveis pode ser considerada dentro das dez maiores causas de morte nos países desenvolvidos.

O ozono troposférico (ozono ao nível do solo) é um poluente secundário que afecta várias áreas do país e que resulta da transformação de poluentes, como os óxidos de azoto e os compostos orgânicos voláteis, emitidos em grande parte pelo tráfego rodoviário e também por indústrias com processos de combustão. Os dados disponibilizados pela Agência Portuguesa do Ambiente revelam que, nos últimos dois anos, o número de registos superiores ao limite máximo (180 mg/m3 por hora) tem vindo a atingir valores preocupantes em Portugal

Até 20 de Setembro de 2008, foram registadas 107 horas em que os níveis de ozono ao nível do solo estiveram acima do limite máximo. De acordo com dados de 2000, o excesso de ozono troposférico provoca em Portugal 500 mortes prematuras por ano.

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