14/06/07

Pulmões do Planeta



Um terço da superfície terrestre é coberta por florestas, que desempenham um papel fundamental na absorção de dióxido de carbono. Sem as árvores, caberia apenas aos oceanos a absorção dos gases com efeito de estufa, desequilibrando fatalmente o clima.

A importância das florestas como "reservatórios" de dióxido de carbono tem um efeito perverso: a desflorestação (a um ritmo de 25 hectares por minuto) levada a cabo pelo Homem, através de queimadas, com o objectivo de abrir áreas agrícolas, ou de cortes industriais, envia novamente todo o dióxido de carbono absorvido para a atmosfera. Estima-se que 30% da emissão anual de dióxido de carbono provenha de florestas.

Mas não é apenas o clima que fica em risco. Estas áreas são riquíssimos ecossistemas: mais de dois terços das espécies terrestres vivem aqui. As florestas tropicais ocupam apenas 6% do planeta, mas albergam metade de todas as espécies conhecidas. Não admira, portanto, que a maioria dos animais em risco de extinção também viva nestes ecossistemas e que esteja em perigo por causa da desflorestação, que lhes destrói o habitat.

Num contexto global, o grande objectivo é proteger a floresta virgem, que ocupa um quinto do total e que faz parte, sobretudo, de três países: Rússia, Canadá e Brasil (onde se encontra a Amazónia).

Em Portugal, a maior ameaça são os incêndios florestais: um quarto dos fogos totais na Europa ocorrem no nosso país, por culpa de um clima cada vez mais quente e seco e, sobretudo, devido à desorganização das nossas florestas (quase 90% retalhada em minifúndio e espalhada por milhares de pequenos proprietários).
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